terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Alberto Martins, Claudio Mubarac e Marco Buti

A Graphias apresenta obras de

Alberto Martins, xilogravuras intituladas "Pedras".

Claudio Mubarac, série "Laminados", fusão de processos de gravura e desenho, 2006/2009.

Marco Buti, gravura em metal, "Pátios", 1999/2009.

Abertura: sábado, dia 12 de dezembro das 14h às 18h

Visitação:
quinta e sexta das 13:30 às 19h
sábado das 11 às 16 h
(consulte outros horários)

Encerramento: dia 30 de janeiro de 2010
Recesso de 24 de dezembro a 15 de janeiro

Graphias Casa da Gravura
rua Joaquim Távora, 1605 - Vila Mariana
São Paulo - 04015 003
fone: 5539 1358
graphias@terra.com.br

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

rio acima


2009, aquarela sobre papel, 42 x 29,7 cm
Rio acima, em busca do frescor, da tranqüilidade, da ordem espontânea que brota nos lugares que ainda não poluímos...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Armazém



convite por Gilberto Tomé

Neste sábado, dia 21 de novembro, às 19h, abre a exposição Armazém - 15 visões em madeira talhada - ocupação com matrizes xilográficas no ateliê Funilaria e Pintura.
Participo junto com outros 14 ilustres gravadores: Biba Rigo, Cleiri Cardoso, Eduardo Ver, Ernesto Bonato, Fernanda Simionato, Flavio Castelan, Gilberto Tomé, Ivo Muniz, Marcos Freitas, Otávio Zani, Pedro Pessoa, Samuel Ornelas, Ulysses Bôscolo e Yili Rojas.

Visitação:
segunda a sábado das 14h às 19h
encerramento dia 14 de dezembro de 2009

dia 4 de dezembro às 15h
Experiências com tinta de impressão à base d'água
inscrições: funilariaepintura.atelie@gmail.com

Ateliê Funilaria e Pintura
rua Turi 213
Vila Madalena
fone: 3034 3484

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Série Monumentos - Salete Mulin

Consegui ver no final de semana passado as gravuras da Salete na Graphias e fui totalmente arrebatado pelas xilogravuras coloridas, uma delas reproduzida abaixo. Concordo plenamente com um dos elogios que ouvi: "são pinturas!" e recomendo muito, aos que por aqui passarem, conhecer esse lindo trabalho da artista, o aconchegante espaço da casa, onde já vi outras ótimas exposições, além do acervo de gravuras de vários artistas. Visitem logo que só tem mais uma semana!



Xilogravuras, Gravuras em Metal e Livros de Artista

Visitação:
quinta e sexta das 13:30 às 19h
sábado das 11 às 16 h
(consulte outros horários)
encerramento: dia 21 novembro de 2009

Graphias Casa da Gravura
rua Joaquim Távora, 1605 - Vila Mariana
São Paulo - 04015 003
fone: 5539 1358
graphias@terra.com.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ao vento...


2009, pena de bambu com nanquim sobre papel + meio-tom numérico,
desenho original: 21 x 29,7 cm

sábado, 19 de setembro de 2009

perda de juízo


2009, bico-de-pena com nanquim e pincel com aquarela sobre papel, 42 x 29,7 cm
Minha amiga Camila Torrano perguntou-me outro dia se eu perdera o juízo. A pergunta surpreendeu-me; um tanto porque sempre tive a loucura como um ideal, desde que conheci de berço figuras inteligentíssimas que poderiam ser chamadas de loucas, além da loucura controlada na literatura carlista. Apesar de saber que minha caretice e normalidade são assaz fortes e teimosas e que por isso eu dificilmente teria logrado perder de fato o juízo, o outro tanto da minha surpresa deixou-me alguns segundos vasculhando o que eu poderia ter feito que pareceu assim desajuizado à querida Torrano. Pois ela estava se referindo à ausência de postagens neste singelo veículo em que vos escrevo - se isto é perda de juízo eu já não me convenço, mas que também sinto falta de postagens lá no blog dela, isso eu digo sempre: quero ver mais desenhos Camila!!!
Bom, já que falo de perda de juízo e a primavera está na porta, espalhando seu perfume, esta semana tem uma série de ações acontecendo pela conscientização do meio ambiente, pressões para alertar os governantes que irão se reunir em dezembro em Copenhague na Conferência do Clima e o lançamento do filme "The Age of Stupid". Inspirem-se no site da Avaaz e do Greenpeace, e mandem-me também mais coisas que encontrarem por aí (ando meio fora da nau cibernética) que dêem força à essa idéia, não só para semana que vem, não só este ano, mas aquilo que possa mudar nossos modelos de atuação nesse mundo - eu quero continuar encontrando lugares maravilhosos como essa praia acima, Itamambuca, lugares para respirar bem e viver em plenitude!! Saudações a todos!

domingo, 9 de agosto de 2009

mairuschka: nova xilogravura


2009, xilogravura sobre papel wenzhou, 38,5 x 28 cm
Fiz essa impressão há um mês aproximadamente, e esqueci de postar por aqui. Provavelmente ainda vou tentar adicionar uma outra matriz com uma segunda cor...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

galaxity


2009, grafite sobre papel + cores numéricas, 15,5 x 15,5 cm
Uau! Duas semanas sem atividade no blog, mas ele está de pé!
Ou será... recostado como essa heroína da figurinha?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

adriana: variações


2009, bico-de-pena e pincel com nanquim sobre papel canson + cores numéricas, desenho original: 21 x 29,7 cm
Fiquei sem saber qual das versões postar, então aí vão todas...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Olavo


2009, caneta esferográfica sobre papel, 18 x 13 cm
Banca de graduação do amigo Olavo, um dos grandes promissores desenhistas de O Contínuo. Do meu caderninho de esboços genérico...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

feliz dia dos namorados


2008, gravura em metal - buril - impressão sobre papel Hahnemühle, 15,3 x 18,9
Na última imagem que restava publicar da exposição na galeria cine-sol, minha namorada, Mairuschka, costura... o que me sugere, pelo dia de hoje, uma celebração não só por essa relação de namoro, mas também todo o namoro que estabelecemos com nossas outras relações, de amizade, de parentesco, de vizinhança - uma teia de relações costuradas através de nossa existência. Como está sua tessitura de relações? Que desenhos e padrões você deseja realizar nessa nossa fugaz dança conjunta?

terça-feira, 2 de junho de 2009

moça ao piano


2002, bico-de-pena e pincel com nanquim sobre papel canson, 27,6 x 39,6
Mais um antigo desenho de modelo vivo que expus na galeria cine-sol.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

santo antônio


2008, aquarela sobre papel, 36,6 x 27,8 cm
Igreja simpaticíssima em Itaparica, dedicada a Santo Antônio. Sempre acho simpáticas as dimensões reduzidas das igrejas de pescadores. A aquarela também foi exposta na galeria cine-sol.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

moça-felina


2005, pincel com nanquim e lápis conté branco sobre papel vergê, 24 x 33 cm
Eh... bem, moça-felina, wanita kucing, mulher-gato... Outro desenho da exposição na galeria cine-sol.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

wanita kucing: mulher-gato


2005, pincel com nanquim e aquarela sobre papel vergê, 46,2 x 31,4 cm
Já são tantos desenhos e gravuras da wanita kucing que nem sei mais como entitulá-los; fica então a explicação que wanita kucing é mulher-gato em indonésio. O desenho estava na exposição da galeria cine-sol.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

escola de meninos


2006, aquarela sobre papel Hahnemühle, 47,9 x 35,6 cm
Uma das aquarelas da minha série feita na Vila Maria Zélia, postadas por aqui em maio e junho de 2006; a princípio nem gostei o suficiente para publicá-la, mas acabei expondo na galeria cine-sol. Vamos ver se consigo acabar de postar todas as imagens da exposição!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Já comeu sua Amazônia hoje?"


2005, matriz de xilogravura, 10,3 x 9,4 cm
Postei esse boizinho d'água por conta do texto que reproduzo abaixo; coisa perturbadora que não costuma aparecer neste singelo blog dedicado às minhas imagens "cor-de-rosa". Coisa até mesmo um tanto incoerente, já que comemorei há pouco meu aniversário em uma churrascaria (releve-se que o magnífico buffet de saladas era meu alvo principal) e conheci na vida pelo menos uma dúzia de pecuaristas que jamais gostaria de ofender. Não só incoerente, mas também meio irresponsável: não sei quem é o João Meirelles Filho, e desconheço o Instituto Peabiru. Mas sei que pelo menos uma das minhas leitoras tem essa paciência de verificar as fontes e números, e caso eu esteja propagando inverdades, sintam-se à vontade para comentar. Encontrei no blog do amigo José Bueno, o que é para mim sinônimo suficiente de seriedade para publicar de olhos fechados. De qualquer modo minha pergunta principal, viajando pelo Brasil afora, vendo tanto morro pelado e pasto até o infinito, sempre foi: por que não fazemos pecuária intensiva?

Amazônia: Carnaval ou Quaresma?

Por João Meirelles Filho, do Instituto Peabiru

Para os cristãos o carnaval é o momento da ruptura, onde tudo pode, a folia sem limites. A quaresma, que lhe segue, é a quarentena da comiseração, do sacrifício, da meditação. A palavra carnaval origina-se do latim medieval, de carne levare – abstenção à carne.

A Amazônia dos últimos 40 anos, desde o golpe militar de 1964, é a Amazônia do tudo pode, do carnaval – pode matar índio, pode expulsar caboclo e quilombola, pode grilar terra, pode roubar madeira, pode abrir pasto pra boi, pode garimpar ouro, pode plantar soja, pode transformar castanhal em pasto. Tudo pode.

Deu no que deu: 70 milhões de hectares desmatados para pastarem os bois: mais que a soma dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos!

Para que? Para gerar pífios 0,4% do PIB do Brasil, menos de R$ 10 bilhões, uma renda insignificante, seja pela enorme evasão fiscal, seja por uma atividade de baixa lucratividade e que nem aos pecuaristas vale a pena, que gera pouco menos de 200 mil empregos e não agrega valor à Amazônia. Mesmo a Amazônia nada significa à economia do Brasil: a renda anual é de R$ 71,8 bilhões, 3,4% do PIB do país.

Para a Amazônia só ficam os troféus - campeã mundial de desmatamentos e queimadas, campeã de escravização de mão de obra, campeã de desrespeito aos direitos humanos, campeã de exclusão digital, de doenças tropicais, de localidades sem bibliotecas.

Ao mesmo tempo, em quatro décadas, o Brasil transferiu 1/3 de sua boiada para a Amazônia e, nós, calados, assistimos a tudo sem nos indignarmos.

Hoje discutimos assuntos de segunda importância: se a Amazônia deve ter agricultura como soja ou cana-de-açúcar, que, juntas, não ocupam 5 milhões de hectares. Enquanto isto não tratamos do grande problema da Amazônia, e do Brasil: a pecuária bovina, que ocupa 200 milhões de hectares do país e 70 milhões de hectares na Amazônia.

O boi é o carrapato do Brasil. Suga nossa seiva, nossa selva. O boi suga nossa inteligência, nossa capacidade de pensar, nossa capacidade de nos expressarmos enquanto Nação, nos encouraça – o Brasil é um pasto cercado de arame farpado por todos os lados.

A população da Amazônia, como sempre, nem de carne de qualidade e a baixo preço se beneficia – a carne é mais cara que no Sudeste, de qualidade duvidosa e origem incerta (boa parte é oriunda de abate clandestino, o boi-mato). De toda carne da Amazônia só 15% fica na região. O restante é enviado aos outros retiros do Brasil: São Paulo e o Sudeste devoram a Amazônia. De cada três bifinhos mastigados no Brasil, pelo menos um vem da Amazônia. Você já comeu a Amazônia hoje?

São mais de 75 milhões de cabeças de gado bovino na Amazônia. Em 1964 eram pouco mais de 3 milhões. Em 2020, se nada for feito, serão 200 milhões de cabeças.

Destas 75 milhões, pelo menos 10 milhões são de bois piratas – bois sem registro, sem vacina, sem controle, boi que não paga imposto, boi dentro de terra indígena e parque, que os donos escondem no fundo das invernadas, comercializados sem ninguém saber. A Secretaria da Receita Federal ao não revisar o Imposto Territorial Rural e o anexo 6 do imposto de renda – o formulário da atividade rural –perpetua esta situação.

Para piorar, a pecuária da Amazônia gera desmatamento e queimadas, que tornam o Brasil um dos campeões do aquecimento global. Setenta e cinco por cento da contribuição brasileira ao efeito estufa vem do churrasco pirotécnico amazônico. Você cidadão gasta mais carbono ao comer seu bifinho que com o uso de veículos automotivos ou passagens aéreas.

O governo insiste nesta conversa de controlar desmatamentos e queimadas e se comove no teatro de anunciar as cifras do ano. No entanto, esta medição é como verificar a febre do doente. A causa, mesmo, ninguém discute, especialmente em currais eleitorais de um Congresso Nacional, Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais eminentemente pró-pecuaristas.

A verdadeira causa da destruição da Amazônia é o forte crescimento do consumo de carne no último meio século. E o Brasil oferece a Amazônia para ser o grande curral do planeta. Além do sambódromo do Rio e do bumbódromo de Parintins, agora a Amazônia é o bifódromo do Planeta.

A Amazônia tem água barata, tem terra barata, tem mão-de-obra barata e tem pouca fiscalização. Tanto faz se a produtividade é baixa (0,7 cabeças/hectare e menos de 100 kg de proteína animal/ha/ano), se é preciso usar agrotóxico no lombo dos bois, se a biodiversidade e a sociodiversidade são ignoradas, ou se o boi destrói as micro-bacias e polui o maior manancial de água doce do Planeta. Não há, em toda a Amazônia uma única propriedade de pecuária que cumpra 100% da lei brasileira.

Provavelmente, o que se queima de madeira, o que se desvia na festa da evasão fiscal, o que se perde por não se contabilizar e cobrar pelos serviços ambientais, e o que se desperdiça de recursos naturais, seja muitas vezes superior aos ridículos R$ 10 bilhões gerados pela pecuária bovina na Amazônia (comparem com os números da crise financeira global).

Além do mais, como somos um país de generosos, nossos bancos oficiais, o BNDES e o Banco da Amazônia à frente, com o dinheiro suado do contribuinte, são pródigos em ceder créditos vantajosos aos pecuaristas e frigoríficos (são mais de R$ 2 bilhões) e nosso governo apóia o IFC – International Finance Corporation (do Banco Mundial), quando empresta dinheiro (US$ 90 milhões) ao grupo Bertin para transformar a Amazônia em bife. Este grupo é tão sofisticado que, recentemente, foi multado por não conseguir sequer controlar seus efluentes das modernas instalações industriais do matadouro de Marabá, Pará.

As próximas gerações não nos perdoarão por tamanho desprezo pela Amazônia e seus habitantes. Seremos aquela geração que preferiu trocar a Amazônia por mais um bifinho e um saco de carvão. Quando a próxima geração chegar teremos perdido metade, ou mais, da Amazônia porque temos preguiça de tratar o assunto com seriedade.

O que devem pensar de nós o restante do mundo quando nos vêem, pacientemente, transformar a maior floresta tropical do Planeta em picadinho? Será que não pensam assim: como podem os brasileiros, tão alegres no Carnaval, tão simpáticos, tão bonzinhos e inteligentes, aceitar entregar a Amazônia por tão pouco?

Como compreender que emprestamos imensas terras para zelosos fazendeiros, que deveriam servir como imensos castanhais e fontes eternas de madeira, e no fim do dia, há só currais e bois marcados a ferro com seus nomes.

Como entender a política de reforma agrária que transforma mais de 10 milhões de hectares de 3,6 mil projetos de assentamentos da Amazônia em pastos para boi, serrarias ilegais e carvoarias, e mantém na miséria a imensa maioria dos assentados?

Aceitemos nossa reles condição: somos os escravos da pecuária. A pecuária é o principal motor de destruição do Brasil. Foi ela que destruiu a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga e agora devora a Amazônia. O estado de São Paulo, famoso por seus canaviais, ainda tem mais terra com boi que para cana. Toda a agricultura do Brasil não ocupa mais que 58,1 milhões de hectares (49 milhões de hectares em grãos (culturas anuais), 6,7 milhões em cana, 2,4 milhões ha em café (IBGE, jan. 2008), outros 5 milhões de hectares são com outras culturas (mandioca, algodão etc.) e há 7 milhões de hectares em florestas plantadas. Conclusão: o Brasil ocupa menos de 70 milhões de hectares com agricultura (8,2% do território nacional), enquanto o carrapato da pecuária se refestela na sua incompetência e já engole 25% do seu e do meu Brasil e agora quer avançar sobre a Amazônia e tomar 50% do Brasil.

Em termos mundiais a situação é ainda mais grave. A pecuária (e a área necessária para produzir comida pra boi) ocupa 40% das terras aráveis do Planeta (FAO, 2007). Isto porque a humanidade escolheu o boi como uma de suas principais fontes de proteína animal. O boi, o pior conversor de energia que existe, precisa comer 7 kg de cereal para produzir 1 kg de carne. A comida que alimenta os boizinhos daria para saciar a fome de todo o planeta e sobraria arroz para o dia seguinte.

O problema é que o consumo de carne cresce de maneira astronômica. Enquanto o argentino e o norte-americano comem mais de 60 kg de carne bovina por ano, o brasileiro come mais de 36 kg e o chinês, magros 5 kg/ano. Se os chineses desejarem (e querem muito) dobrar seu consumo de carne, não há boi no planeta para saciá-los e aí teremos que decidir: vamos alimentar bois para os pratos chineses ou vamos tentar manter o angu do planeta Terra funcionando?

E o Brasil, continuará a ser este grande curral, de fartas churrascarias ou faremos algo mais inteligente e sustentável sobre nosso futuro? É sobre esta Amazônia que precisamos discutir: a Amazônia sustentável, não a dos pecuaristas, pistoleiros, grileiros e ladrões de madeira: até quando seremos reféns desta porteira aberta /fronteira aberta? Até quando vamos ignorar o que se passa dentro das milhares de fazendas, onde tudo pode?

Será que não somos mais competentes em gerar renda por meios mais sustentáveis, a partir de sua biodiversidade, sociodiversidade e recursos naturais e produzir mais que R$ 10 bilhões?

Se só a Vale, uma única empresa privada, pretende investir R$ 20 bilhões na Amazônia em 5 anos, será que nós, brasileiros, não conseguimos decidir o nosso futuro?

Será que não conseguimos uma combinação de atividades sustentáveis a partir da floresta em pé, da recuperação das áreas degradadas com culturas permanentes, de uma aqüicultura cabocla, de uma mineração inteligente e de ecoturismo para valer?

O Brasil sairá da adolescência quando perceber que o boi é o carrapato que suga todas as nossas forças. O boi é o carrapato que faz um verdadeiro carnaval com a gente: tem mais boi que gente neste Brasil.

Está na hora de reaprendermos a ser brasileiros. Cidadania começa em nossos pequenos atos: o que decidimos comer, por exemplo. Está na hora de pilotarmos o carrinho de supermercado cientes de que cada escolha nossa constrói ou destrói a Amazônia. Se para o dono do supermercado tanto faz de onde vem a carne, para você talvez seja diferente. Pergunte, exerça seu direito de consumidor e cidadão.

Prepare a sua fantasia para o próximo carnaval – de curupira, saci-pererê – xô boi feio, o carnaval do ano inteiro - do açaí, do cupuaçú, do ecoturismo, da madeira certificada, do turismo consciente, da Amazônia digna e respeitada. Adeus ao carnaval do Brasil da boiada sem fim.


* João Meirelles Filho é Diretor Geral do Instituto Peabiru.


Fonte: Instituto Peabiru / Envolverde
http://www.peabiru.org.br/2008/downloads/Clipping/carnaval_quaresma.pdf

terça-feira, 19 de maio de 2009

+peruhybe


2009, caneta esferográfica sobre papel, 18 x 13 cm
No mesmo dia e lugar da postagem anterior, olhando para o outro lado...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

peruhybe


2009, caneta esferográfica sobre papel, 18 x 13 cm
Ops, quanto tempo sem postar!! Para variar, e quebrar a seqüência de imagens antigas, o primeiro desenho de observação deste ano, em janeiro: um belo começo, desenhando no mar com os amigos queridos!!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

capi no coringa


2005, pena de bambu, pincel, aquarela e nanquim sobre papel, 21, 5 x 15,7 cm

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nair Sasaki - xilogravura


Sasaki-sama abre hoje exposição de xilogravuras, no bar Quadro a Quadro, em São Paulo.
Confiram também seus trabalhos e blogs em Através do Nevoeiro.
A exposição faz parte da temporada 2009 de projetos do Ateliê Oço:

Nair Sasaki - xilogravura
abertura dia 5 de maio de 2009 às 19hs.
exposição de 6 de maio a 2 de junho de 2009;
de segunda à sexta, das 12 às 24hs.
Bar Quadro a Quadro - Rua José Antônio Coelho, 874 - Vila Mariana
tel: (11) 5081 2044

sábado, 2 de maio de 2009

cucina


2001, pincel e nanquim sobre papel reciclado, 25,1 x 16,3 cm
Vista da cozinha... um tanto abstrato talvez, mas se fizerem um esforço, há ali umas panelas amontoadas, uma torneira, um filtro... Mesma casa em que fiz esse auto-retrato.
Misturei uma aquarela líquida vermelha com nanquim preto; elas não se misturavam muito bem... achei interessante esse conflito.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

anahí no cipó


2001, pincel e nanquim sobre papel reciclado, 25,4 x 16,3 cm
Já que andei remexendo em antigas pastas, eis mais uma imagem d'outros tempos; cipó é o nome do lugar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

litho: narciso


2000, lithographia em papel Hahnemühle, 27,6 x 25,7 cm
Depois de minhas buscas nos labirínticos escaninhos virtuais, acho que esta gravura é a última das imagens da exposição na galeria cine-sol que tenho agora disponível - daqui a um mês posto o restante. Coincidentemente esta foi a minha última litografia; fiquei tão apaixonado por cavar madeiras que deixei de lado a lito e dei pouca atenção à gravura em metal, mas foi a litografia, ou mais precisamente, o atelier de litografia da Escola de Belas Artes da UFRJ que me desvelou o sedutor mundo da gravura. E essa imagem eu fiz já no atelier da Escola de Comunicações e Artes da USP. Logo no começo deste blog postei o estudo para esta lito, que por sua vez teve um desenho de observação como referência.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Happy Earth Day!

grota funda


2000, lápis de cor e aquarela sobre papel reciclado, 20,6 x 13,1 cm
Desenho de uma memória ainda mais antiga, de um belo sítio cheio de mangueiras e caquizeiros, que tivemos na zona oeste do Rio de Janeiro; também estava na exposição da galeria cine-sol. Continuo contrariando uma professora da faculdade que recomendava que o trabalho artístico não deveria ser autobiográfico... e como não sê-lo?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

deamond gaze


2002, nanquim e bico-de-pena sobre papel Hahnemühle19 x 22,8 cm
Talvez um dos últimos desenhos que estavam no painel da exposição na galeria cine-sol que tenho escaneado, ainda faltam alguns, mas como estou viajando, só poderei postar os que faltam quando eu voltar - não consegui escanear tudo antes. Ainda vou procurar melhor e ver se não escapou nada...

sábado, 11 de abril de 2009

jana rouge


2008, pigmento e essência sobre papel Hahnemühle, 17,2 x 18,8 cm
Meus amigos de orkut e facebook que se cuidem; esta é a terceira vez que uso imagens de seus álbuns para brincar um pouco. Esta também expus na galeria cine-sol.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

+ outono primaveril


2008, pigmento e essência sobre papel Hahnemühle, 26,5 x 19,2 cm
Esta quase me escapa... Faz parte das imagens "d'après Courbet" que estavam na minha exposição na galeria cine-sol, já postadas em outono primaveril e laura 3...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

araçá


2003, grafite sobre papel, 29,5 x 20,4 cm
Outro desenho que estava na exposição da galeria cine-sol na primavera passada...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

anne-laure



imagem maior: 2000, lápis sangüínea e aquarela sobre papel reciclado, 13,1 x 20,8 cm
em cima à direita: Pablo Picasso, 1905, Acrobate à la boule, 147 x 95 cm, Музей изобразительных искусств им. А.С. Пушкина
abaixo à direita: 2000, xilogravura sobre papel kozo, 27,7 x 31,9 cm

Esta imagem maior, exposta na galeria cine-sol, foi o esboço que deu origem à xilo, embaixo à direita, já postada aqui anteriormente. Anne-laure é uma deslumbrante francesa que conheci em uma viagem a Pirinópolis, Goiás; quando vi essa fillete à la boule do Sr. Picasso, achei-as incrivelmente parecidas, o que me inspirou nessa composição: Anne-laure d'après Picasso!
Consegui encontrar essa boa reprodução neste vasto acervo online de trabalhos do Picasso: On-line Picasso Project.

segunda-feira, 30 de março de 2009

strangeness


2000, nanquim e gouache sobre papel reciclado, 20,6 x 13,1 cm
Pode parecer que é mais um desenho de imaginação - de certa forma até é - mas é uma observação de manchas e cortes em cima de uma mesa; mania humana de ver antropomorfias em qualquer mancha abstrata... Também foi exposto na galeria cine-sol.

sexta-feira, 27 de março de 2009

flowing


2002, lápis grafite e pincel com nanquim sobre papel, 28,2 x 31,3 cm
Outro desenho de imaginação que estava na galeria cine-sol - havia poucos, a maioria era mesmo de observação - inspirado numa moça que me encantava: era do circo, da dança e das artes plásticas. Bom que ainda está por perto, uma grande amiga!

quarta-feira, 25 de março de 2009

outono primaveril


2005, grafite e gouache sobre papel, 32,7 x 23,6 cm

2005, carvão, cola pvc e óleo sobre papelão, 24,7 x 32,7 cm
Já que a minha última imagem não causou nenhum constrangimento, aproveito para postar os dois outros desenhos que poderiam ter chocado as almas mais pudicas na exposição da galeria cine-sol. A exposição foi na primavera passada, e agora posto essas imagens em saudação à fertilidade da primavera no hemisfério oposto!

segunda-feira, 23 de março de 2009

laura 3


2000, pincel e pena de bambu com nanquim sobre papel reciclado, 20,6 x 13,2 cm,
Mais um desenho de modelo-vivo exposto na galeria cine-sol, que espero não ofenda os freqüentadores - afinal monsieur Courbet já preparou o terreno desde 1866...

sábado, 21 de março de 2009

Valongo - Fabrício Lopez


Sábado passado foi aberta a exposição Valongo, de Fabrício Lopez, cuja ascendente carreira de artista gravador é uma inspiração a todos que o conhecem. Eu tive a honra de poder tê-lo em minha banca de graduação, mas infelizmente não pude comparecer à abertura dessa exposição na Estação Pinacoteca, nem voltarei à São Paulo antes do encerramento, mas fica aí minha grande recomendação aos freqüentadores deste blog para que visitem essa exposição - o trabalho de Fabrício Lopez é um grande presente aos olhos e à alma!

Valongo
Xilogravuras de Fabrício Lopez
Exposição de 15 de março a 10 de maio de 2009
terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h30)
ESTAÇÃO PINACOTECA
Largo General Osório, 66 - Fone (11) 3337.0185
01213-010 - São Paulo - SP
seja amigo da Pinacoteca: www.pinacoteca.org.br

sexta-feira, 20 de março de 2009

laura 2


2000, pincel e bico-de-pena com nanquim sobre papel reciclado, 13 x 20,8 cm
Outro desenho de modelo-vivo que também expus na galeria cine-sol.

quarta-feira, 18 de março de 2009

galeria cine-sol: temporada 2009


Já que eu ando postando tanto sobre a minha exposição em setembro passado na galeria cine-sol, eis que neste sábado inaugura nova exposição: pinturas, gravuras e desenhos da Viviam Schmaichel e do Rodolfo Leão, talentosos artistas recém-formados pelo Departamento de Artes Plásticas da Eca - Usp. Prestigiem e comentem por aqui se puderem, porque eu mesmo não estarei lá; estou novamente em terras baianas!
A exposição abre no sábado, dia 21 de março, às 15 horas, e fecha no dia 18 de abril.
cine-sol galeria - sebo arquipélago,
praça Carlos Gomes, 117 - Liberdade, São Paulo, SP - tel (11) 3106-4011
de segunda a sexta das 10 às 18 horas e sábados das 10 às 14 horas.

laura


2000, lápis, aquarela e gouache sobre papel reciclado, 20,6 x 12,9 cm
Desenho de modelo-vivo da época da faculdade, também exposto na galeria cine-sol.

segunda-feira, 16 de março de 2009

a gata nanquim


2000, lápis sobre papel, 13,7 x 21,4 cm

2000, aquarela, nanquim e gouache sobre papel reciclado, 20, 8 x 13,5 cm
Estes dois desenhos e o coelho de algumas postagens atrás também estavam na exposição na galeria cine-sol; os três únicos que não eram paisagem ou figura humana. Nanquim era o nome dessa gata, que morou pouco tempo comigo - entrou em uma mochila na usp, por vontade própria, e, como era livre para ir à rua sempre que quisesse, resolveu ter filhotes em outro canto...
Esse desenho de baixo eu já postara no primeiro ano deste blog, mas desta vez a imagem foi digitalizada com mais fidelidade.

sexta-feira, 13 de março de 2009

noturno imaginário


2006, aquarela sobre papel fabriano, 50% algodão, 25,2 x 17,7 cm
Desenho meio amalucado, feito sem nenhum planejamento prévio, para brincar com a aquarela, totalmente de imaginação. De tão diferente de todo o resto, acabei gostando, e pus até na exposição da galeria cine-sol - é que lá, em uma das paredes, fiz uma grande composição com vários desses desenhos, aquarelas e gravuras que venho postando, um monte de imagens de assuntos diversos, com uma cara de parede de atelier. Depois que eu conseguir postar todas as imagens eu mostro as fotos dessa parede.

quinta-feira, 12 de março de 2009

parabéns, dona ivone!!


2001, bico-de-pena e pincel com nanquim sobre papel opaline, 33 x 24,5 cm
Pois é, a digníssima modelo - involuntária - aí de cima continua fazendo seu crochê diário. Queria ter postado no dia certo, mas foi ontem. Bem, meus parabéns atrasados e muito obrigado por um dos desenhos que eu mais gostei de ter feito, e que está na fila para virar uma xilo!!
Ah, sim, estava na exposição na galeria cine-sol.

terça-feira, 10 de março de 2009

+terezinhas






2006, bico-de-pena e pincel com nanquim sobre papel de seda e papel parecido com canson, cada imagem: 21,5 x 15,7 cm
Por causa da postagem passada, deu-me vontade de mostrar os outros desenhos que eu fiz da Terezinha em sua virada cultural - achei que era a melhor oportunidade.
Mas continuarei postando as imagens da galeria cine-sol ainda inéditas neste web log...

segunda-feira, 9 de março de 2009

terezinha


2006, bico-de-pena e nanquim sobre papel de seda e papel canson, 21,5 x 15,7 cm
Expus estes dois desenhos sobrepostos na galeria cine-sol; desenhei a Terezinha Malaquias, célebre modelo, na Virada Cultural em 2006 - Terezinha posou por vinte horas!!
As sobreposições são um tanto acidentais - já mostrei um pouco no meu flickr -graças a velhos cadernos de minha querida mãe, que vinham com esse papel de seda entre cada folha, e cujo amarelado da idade me agrada muitíssimo...