quinta-feira, 3 de julho de 2008

o templo widescreen remastered


xilogravura sobre papel
Como na postagem anterior, esta também é uma imagem de dez anos atrás. Mas aquela, o espelho, era um desenho que aguardou todo este tempo para se tornar uma gravura. Já esta, o templo, foi a única xilo em que desenhei direto em cima da madeira, de observação. Foi na mesma época do desenho do espelho, em que andava pelo campus da USP com meu caderninho, pincel japonês e nanquim, produzindo desenhos para a ótima aula de desenho da paisagem do Sr Marco Buti. Quando, no semestre seguinte, freqüentei a aula de introdução à xilo deste mesmo grande artista e professor, continuei no clima das paisagens e do traço à nanquim que se adequava muito bem à linguagem da xilo. Passei um bom tempo um pouco aprisionado por esta imagem, sem conseguir fazer uma outra gravura que considerasse "melhor", e, pasmem, nunca repeti o processo de desenhar direto na tábua... Bons anos se passaram e acabei por perder a matriz original, que viria a fazer grande falta na seqüência impressa que produzi este ano para o meu trabalho de conclusão de curso. Para suprir esta falta, pus-me ao trabalho de refazer a matriz, a partir de uma prova impressa, e aproveitei para deixar-lhe um pouco mais larga; a primeira matriz sempre me pareceu um pouco apertada. A imagem acima é uma prova dessa nova matriz, refeita e alargada, daí essa brincadeira de widescreen remastered... Ah, sim, já ia esquecendo que não foi a primeira vez que refiz essa imagem; na exposição do ano passado no Centro Cultural São Paulo, Oniforma, expus uma versão bem maior (agora não me lembro do tamanho certo, usei meio compensado...), mas ampliando a imagem "no olho", enquanto nesta usei a magnífica tecnologia do papel carbono!!
Segue abaixo a prova da matriz original...


xilogravura sobre papel

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